10 de novembro de 2023, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, é a data marcada para mais uma edição do World Pro Championship, o torneio mais importante do calendário da AJP (Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro) Tour Federation, o maior e certamente o mais importante. Uma organização difundida no mundo do Jiu-Jitsu.
Como de costume, a Divisão Profissional Mundial de Abu Dhabi (Faixa Preta) foi montada em 3 dias: Dia 1 Qualificação/Trials de País (Confira os resultados aqui), o 2º dia é o evento principal e as finais são organizadas no 3º dia. Abaixo está o relatório dos Heróis do Jiu-Jitsu para o torneio principal e finais.
Masculino 56 kg
Uma das divisões mais emocionantes do evento e sem falta de competidores. Talison Soares (AOJ) foi o favorito de muitos para chegar ao grande show e o jovem brasileiro (hoje morando na Austrália) foi excelente na vitória de estreia sobre o prodígio escocês Shay Montag.
A segunda partida de Talison foi contra o ex-companheiro de Cesaro Costa, Uri Hendrex, uma das estrelas em ascensão do esporte. Hendrex conseguiu roubar a vitória e avançar para a final.
O astro do grappling dos Emirados Árabes Unidos, Saeed Al-Qadeiri, teve um desempenho impressionante na rodada de abertura, marcando 22 pontos no placar. Ele derrotou Samad Aitbanpet do Cazaquistão em seu caminho para a final, mas não conseguiu dobrar seu recorde de 2022 e reconquistar o título World Pro, perdendo em uma partida difícil para o azarão Yuri Hendrex.
Semifinal:
– Yuri Hendrex derrotou. Yaroslav Rudenko por 3×1
– Saeed al-Qadiri deb. 5×4 através do mesmo idbunpad
Final:
– Yuri Hendrex (BRA) def. Saeed al-Khadiri (Emirados Árabes Unidos) Estrada 3×1
3º Lugar:
– Talison Soares (SUTIÃ)
Masculino 62 kg
Dois dos atletas mais empolgantes do peso leve, Meiram Makin e Khaled Alshehi, confirmaram seu direito de ser a elite do esporte ao avançarem para a final. Maquine tem o lado mais difícil da chave, com dois de seus compatriotas Leonardo Mario (um dos jogadores mais bem classificados no circuito AJP) e a estrela em ascensão Marcos Frod e o experiente membro da equipe de linha de frente Hussain Abazada.
Na final, Khaled lutou bem contra o passe rápido de Meiram, usando a defesa-aranha para desacelerar o nativo de Manas, mas não o suficiente para roubar a medalha de ouro.
Semifinal:
– Máquina Meiram Def. Via Leonardo Mário 5×3
–Khaled Alshehi Deb. via Sultão Alowais 10×2
Final:
– Máquina Meiram (BRA) def. Khaled Alshehi (Emirados Árabes Unidos) Estrada 1×0
3º Lugar:
– Marcos Frod (BRA)
Masculino 69 kg
Foi uma divisão com algumas surpresas, mas nenhuma maior que a vitória de Djimsher Rasmadze (Geórgia) sobre Israel Sosa, que pode ter sido a reviravolta da partida. O mago do kart-aranha Sebastian Serba, da equipe dos EUA, esteve fantástico em seu caminho para a final, com algumas partidas muito difíceis, todas vencidas por margens estreitas, uma prova da dureza de sua equipe com grandes nomes como Florian Bailey – a ascensão da Bélgica. estrela e ex-campeão Pan da IBJJF Thiago Macedo. Sempre estrategista, Diego Sotre teve um caminho tranquilo para sua segunda medalha de ouro no AJP World Pro. Não é divertido de assistir, mas é muito eficiente.
Semifinal:
– Diego Sotre venceu. por Jefferson Facundus 9×4
– Sebastião Serba derrotou. Via Thiago Macedo 2×1
Final:
– Diego Sotre (BRA) def. Sebastião Serba (EUA) por 3×0
3º Lugar:
-Jefferson Facundus (BRA)
Masculino 77 kg
Uma corrida fantástica do português “Baguito”, atleta afastado do Jiu-Jitsu há quase 4 anos! Ramalho voltou à plena forma com uma caminhada impecável até a final, com 4 vitórias e 4 finalizações. Curiosamente, Pedro conheceu na final Lucas Protácio, campeão brasileiro de 2022, mas atualmente mora em Portugal, treinando com o ex-9x campeão mundial Ricardo Vieira.
A final viu Paquito jogar de costas e jogar seu perigoso jogo de cartas-aranha contra o passe dinâmico de Protasio. Nenhum atleta pode ter vantagem sobre outro.
Semifinal:
– Lucas Protácio venceu. André Contenhead por 2×1
-Pedro Ramalho dep. Enviado por Nicholas Shiromizu
Final:
– Pedro “Paquito” Ramalho (POR) def. Lucas Protesio (BRA) por decisão
3º Lugar:
– Mathias Lua (SUTIÃ)
Macho 85 kg
Dois dos atletas mais emocionantes do plantel avançaram para a final com atuações divertidas. Contra Faris Ben-Lamkadem, Anderson teve uma das mais belas finalizações do torneio, contra Harai-Koshi direto no armlock. Uma passagem digna de destaque para as semifinais não é algo que vemos com frequência.
Do outro lado da chave estava o português Bruno Lima. O representante da equipe AMA não é um dos jogadores mais atuantes do circuito internacional, mas quando compete faz a diferença, como provou no ano passado com a medalha de prata no World Pro na categoria até 94 quilos. Este ano, o lisboeta venceu 3 lutas e 2 finalizações a caminho da final, onde enfrentou o favorito do torneio, Ferreira. Bruno quase conseguiu finalizar Ferreira por trás quando o brasileiro tentou um armlock voador e perdeu a luta no início da luta. Ferreira conseguiu somar alguns pontos no placar, mas no final Bruno passou a guarda e selou a divisão.
Semifinal:
– Untersen Ferreira derrotou. Faris Lamcadem com chave de braço
– Bruno Lima Déb. Paulo Elias por 2×2
Final:
– Bruno Lima (POR) def. Anderson Ferreira (bom) via 8×3
3º Lugar:
-Faris Ben-Lamkadem (ENG)
Masculino 94 kg
Filho do lendário Pete Di Pano que está fazendo sucesso no circuito internacional. Renan Cruz raramente compete, mas sempre se diverte quando joga, como mostrou a edição deste ano do AJP World Pro. O Cruz fez partidas sólidas a caminho da final, onde enfrentou o rápido, perigoso e completo talento de Felipe Andrew. Cruz travou o trabalho de Andrew por tempo suficiente para equilibrar, mas um deslize de último segundo tentou subir em uma raspagem de meia guarda, deixou sua perna exposta por um segundo, e foi isso que Felipe teve que fazer. Isso conta. Final divertido.
Semifinal:
– Renan Cruz venceu. Por Adrian Sebastian por submissão
– Felipe André definitivamente. Gabriel Oliveira via triângulo
Final:
– Felipe André (BRA) venceu. Renon Cruz (EUA/BRA) via Cal Pt
3º Lugar:
-Marco Carosino (BRA)
Macho 120 kg
Notamos que o russo Anton Slesnev teve uma qualificação impressionante e disse que seria uma força no Evento Principal deste ano, e ele provou que estávamos certos. Slesnev enfrentou três grandes nomes do profissional mundial, nomeadamente Eldar Rafikaev, Anton Mikenko e o campeão mundial faixa-marrom da IBJF 2023, Nikolas Maglicic. Na final, Anton enfrentou Felipe Becerra, péssimo confronto para o talento do russo, estilo que dependia de sair por cima. Ex-integrante da seleção brasileira de judô, Becerra é muito difícil de derrubar e muito bom em derrubar outros. Foi aí que Felipe ganhou vantagem sobre o russo, derrubando-o e dominando por cima.
Semifinal:
-Felipe Becerra venceu. Por decisão Yathan Bueno
– Anton Chelesnev derrotou. Nicolás Maglicic por 4×0
Final:
– Felipe Becerra (BRA) venceu. Anton Slesnev (RUS) por 6×1
3º Lugar:
– Yathan Bueno (BRA)
Feminino 49 kg
Mais uma atuação impecável de Massa Bastos com dura batalha com a campeã mundial Pro 2022 Brenda Larissa e grandes números no placar.
Semifinal:
– Mesa Bastos venceu. Brenda Larissa por 1×0
-Margaret Ochoa dep. A. por Leonovich 9×0
Final:
– Mesa Bastos (BRA) def. Margarita Ochoa (PHL) via prata barata
3º Lugar:
– Brenda Larissa (SUTIÃ)
Feminino 55 kg
O domínio total das brasileiras na categoria feminina está consubstanciado em Anna Rodriguez da Dream Art. Rodriguez está travando uma batalha feroz com a campeã mundial profissional faixa roxa de 2022, Tamara Doros. Seu desafio mais difícil ao longo do torneio.
Alexa Yanes, do Rodrigo Pinheiro JJ, mostrou o quanto cresceu na faixa-preta, eliminando jogadores duros do circuito internacional com sua guarda flexível. Yance mostrou excelente retenção de guarda na final, mas perdeu por 5 pontos (pontos nas regras da AJP) para a campeã de 2022 (e agora campeã de 2023) Anna Rodriguez.
Semifinal:
– Alexa Yance derrotou. M via 4×1 Padrinho
– Anna Rodríguez derrotou. Tamara Doros por 5×4
Final:
– Ana Rodríguez (BRA) def. Alexa Yance (EUA) por 5×0
3º Lugar:
– Gabriela Pereira (SUTIÃ)
Feminino 62 kg
Rainha do Armlock, Julia Alves segue reinando no peso leve. Mais um desempenho geral sólido da atleta da GFT, mas as melhores habilidades foram mostradas pela búlgara Violetta Angelova, caçadora de finalizações. Na final, Alves finalizou sua caça manual muito rapidamente da guarda em 30 segundos.
Semifinal:
– Violetta Angelova derrotou. Selma Vick por submissão
– Júlia Alves venceu. 4×0 via Zaferia Panagiotaakou
Final:
– Júlia Alves (BRA) def. Violeta Angelova (BUL) com chave de braço
3º Lugar:
–Yara Kagish (JOR)
Feminino 70 kg
Todos os olhares estavam voltados para a estrela faixa-marrom inglesa Nia Blackman em Londres. Blackman está desbravando o circuito da IBJJF como faixa-marrom – assim como sua faixa-roxa. Neste fim de semana ele teve a oportunidade de testar suas habilidades contra alguns dos faixas-pretas mais duros do planeta e se saiu muito bem, vencendo alguns dos melhores atletas da categoria.
Do outro lado da chave estava a sempre divertida Ingrid Alves, da Fratres. Ingrid teve duas partidas difíceis a caminho da final. Contra o Blackman, Alves começou a partida perdendo, mas conseguiu virar o placar a seu favor com uma raspagem.
Semifinal:
-Nia Blackman derrotou. Madalena Losca por 5×3
– Ingrid Alves venceu. Isadora Cristina via 4×2
Final:
– Ingrid Alves (BRA) def. via Nia Blackman (ENG) 2×1
3º Lugar:
– Isadora Silva (BRA)
Feminino 95 kg
Esta é a menor divisão da competição. Foram 2 partidas no total, a 3ª de uma rivalidade de longa data entre Yara Soares e Gabrieli Besanha. Esta é a 19ª luta entre os dois rivais na faixa-preta desde 2019, sendo 16 delas finais.
Rowan Robin:
– Yara Soares deb. Yasmira Diaz por 2×0
Final:
– Gabriele Besanha (BRA) def. Yara Sorus (BRA) Direto pela chave de tornozelo
3º Lugar:
– Yasmira Diaz