PV – Central solar flutuante pioneira da EDP em Portugal pronta para começar a produzir energia
A usina tem quase 12.000 painéis fotovoltaicos. Sete meses após o início das obras, a central solar flutuante da EDP no sul de Portugal (Alqueva) está pronta para começar a produzir energia. A entrada em funcionamento deste projeto – considerado o maior da Europa em albufeira de barragem – representa um passo relevante no desenvolvimento das energias renováveis e consolida a aposta da EDP na inovação e na transição energética.
Ainda em Alqueva, a EDP pretende instalar até 154 MW de capacidade renovável num parque híbrido completo.
O parque solar foi inaugurado em Portugal esta sexta-feira, 15 de julho, num evento que contou com a presença de vários representantes portugueses: Primeiro-Ministro António Costa; Ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro; e o Secretário de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba. Entre outros participantes esteve Roberto Bocca, membro executivo e responsável pela área de energia do Fórum Económico Mundial, todos os participantes foram recebidos pelo CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, no evento de hoje.
Com cerca de 12.000 painéis fotovoltaicos – ocupando 4 hectares, equivalentes a cerca de 0,016% da área total da albufeira de Alqueva -, a nova plataforma tem uma potência instalada de 5 MW e capacidade para produzir cerca de 7,5 GWh por ano, o que significa que pode abastecer mais de 30 por cento das famílias desta região do sul de Portugal (Portel e Moura).
O atual projeto solar envolve um investimento total de seis milhões de euros e destaca-se pela sua tecnologia solar flutuante e pelo conceito de hibridação, que permite a combinação de energia solar e hidroelétrica da barragem de Alqueva. Adicionalmente, está também prevista a instalação de um sistema de baterias, com potência nominal de 1 MW e capacidade de armazenamento de cerca de 2 MWh. Todas essas tecnologias usarão um único ponto de conexão à rede existente, promovendo a otimização e eficiência dos ativos e reduzindo os impactos ambientais.
Adicionalmente, a EDP planeia instalar até 154 MW de capacidade renovável num parque híbrido completo, incluindo 70 MW de solar fotovoltaica flutuante, alcançado pela EDPR no recente leilão solar flutuante em Portugal, mais 14 MW de sobrecapacidade solar e 70 MW de energia híbrida capacidade eólica. Este projeto reforçará a produção de energia deste reservatório, sendo capaz de produzir 300 GWh anualmente, abastecer 92.000 residências e evitar a emissão de mais de 133.000 toneladas de CO2. Também a dimensão do projeto e a componente de hibridação vão permitir combinar diferentes tecnologias e assegurar um equilíbrio ao nível dos preços, à semelhança do que já se pretende com o primeiro parque solar flutuante do Alqueva, já em funcionamento.
“A tecnologia solar flutuante, em que a EDP é pioneira global, é um salto notável na expansão das energias renováveis e na aceleração do processo de descarbonização”, afirmou Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP. “E a nossa estratégia de hibridação, ao combinar água, sol, vento e armazenamento, é claramente um caminho lógico para o crescimento da produção de energia em que a EDP vai continuar a investir. O Alqueva é hoje um exemplo de inovação e sustentabilidade que em breve iremos reforçar com o novo projeto ganho no primeiro leilão solar flutuante em Portugal.”
O projeto Alqueva destaca-se pela sua aposta na inovação nos flutuadores que suportam os painéis solares: plástico reciclado combinado com compósitos de cortiça. A solução, que está a ser testada pela primeira vez no Alqueva, resulta de uma parceria com a Corticeira Amorim (através da Amorim Cork Composites) que desenvolveu uma fórmula mais sustentável para os flutuadores fabricados pela empresa espanhola Isigenere. Essa inovação contribui para reduzir o peso da plataforma em 15% e ajuda a reduzir a pegada de CO2 do projeto em cerca de 30%.
A tecnologia solar flutuante é decisiva na utilização de recursos e na expansão das energias renováveis, que contribuem para combater a dependência energética de outras fontes e acelerar o processo de transição energética. Este primeiro projeto de grande envergadura no Alqueva – que se concretizou após o sucesso do primeiro piloto iniciado no Alto Rabagão há cerca de sete anos – está assim alinhado com a estratégia da EDP de apostar na inovação e projetos renováveis e ser 100 por cento verde até 2030.
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