“Desde que assumimos este compromisso (…) temos contabilizado todos os cenários possíveis sobre quais podem ser as limitações de movimento do próprio Santo Padre”, disse o bispo Américo Aguiar à agência Lusa.
Embora as questões de mobilidade tenham sido abordadas pelos organizadores, o que ainda não se sabe é o que a agenda da visita implicará
“Vamos começar a trabalhar no programa do Papa em Janeiro/Fevereiro”, diz Américo Aguiar, admitindo que “há coisas em aberto que querem agendar e que não estão agendadas”, embora “o esqueleto do programa do dia seja sempre o mesmo, não há mudança”, ou seja, a vigília de sábado a domingo e a missa final no domingo contarão com a presença do Papa.
“E depois há o programa oficial e depois o programa não oficial, que é o que vem do coração e da vontade do próprio Papa, durante o tempo que ele está conosco”.
E que experiência terão os jovens que vierem a Lisboa em agosto de 2023? “Imagino que será uma experiência única. Quem teve a graça de presenciar no terreno as Jornadas Mundiais da Juventude pode ver que é algo inesquecível”, assegura o bispo.
“Estou vendo – e acho que posso ajudar a entender um pouco – Panamá [the country that hosted the last WYD, in 2019] com a chegada das várias delegações. As crianças falando suas línguas, inglês, espanhol, francês e outros, como alemão e polonês e assim por diante, e em um certo ponto eu começo a ouvi-los falando uma nova língua que não é inglês, não é bem espanhol, é uma coisa, uma mistura do que significa a facilidade com que os jovens se comunicam”, diz Américo Aguiar.
“Vamos assistir a centenas de milhares de jovens como um rio que corre pela cidade, que corre pela Grande Lisboa, nesta celebração de fraternidade universal que o Papa nos pede”.
E para este encontro, o convite se estende também aos jovens não católicos.
“Não é feito para nenhuma religião, para qualquer sensibilidade, ou para nenhum setor particularmente especial. O convite para a Jornada Mundial da Juventude, todos os papas fazem para os jovens de todo o mundo e é isso que temos replicado e esse é o esforço que fizemos”, diz o bispo auxiliar de Lisboa.