Portugal disse estar “profundamente preocupado” com a notícia de que a sua ex-colónia São Tomé e Príncipe assinou um acordo de cooperação militar com a Rússia, o mais recente de uma série de desentendimentos entre Moscovo e países da África Ocidental.
“Assim que ouvimos falar deste acordo, iniciamos consultas com as autoridades são-tomenses”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, numa entrevista à estação de televisão SIC Noticias, na quinta-feira.
“Em primeiro lugar…
Portugal disse estar “profundamente preocupado” com a notícia de que a sua ex-colónia São Tomé e Príncipe assinou um acordo de cooperação militar com a Rússia, o mais recente de uma série de desentendimentos entre Moscovo e países da África Ocidental.
“Assim que ouvimos falar deste acordo, iniciamos consultas com as autoridades são-tomenses”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, numa entrevista à estação de televisão SIC Noticias, na quinta-feira.
“Num primeiro momento Portugal e outros países europeus manifestaram surpresa, medo e confusão em relação a este acordo”, disse, reconhecendo que São Tomé é um país “livre e soberano”.
Mas “estamos numa situação internacional em que a Federação Russa é responsável por uma guerra de agressão envolvendo o continente europeu, e manifestámos a nossa grande preocupação”.
De acordo com o diário oficial da Rússia, São Tomé e a Rússia assinaram um acordo em São Petersburgo, no dia 24 de Abril, que apela a uma “possível cooperação” envolvendo treino militar, apoio logístico e navios e aeronaves russos.
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Os acontecimentos ocorreram no momento em que o presidente da Guiné-Bissau, outra ex-colónia portuguesa em África, estava na Rússia para participar nas comemorações do fim da Segunda Guerra Mundial.
Vários países africanos, incluindo o Mali, o Níger e o Burkina Faso, concluíram recentemente acordos de segurança com a França e assinaram acordos com Moscovo.
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