Preocupações com o potencial impacto ambiental e social da mineração de lítio de grupos de preservação da natureza e comunidades locais levaram a vários atrasos no leilão, inicialmente planejado para 2018.
Galamba disse a uma comissão parlamentar que o “governo entende que o leilão internacional vai beneficiar com a conclusão destes processos”.
“Não faz muito sentido lançar um leilão público internacional, quando em simultâneo estão em curso estes processos de avaliação ambiental” na mina de Barroso e na mina de Montalegre, no norte de Portugal, disse.
A mina de Barroso é propriedade da empresa mineira Savannah Resources com sede em Londres e a mina de Montalegre é propriedade da empresa local Lusorecursos.
Savana disse em um comunicado anterior na quarta-feira teve reuniões “muito úteis e produtivas” com a agência ambiental portuguesa APA. Como resultado, tem até 17 de março para apresentar seus planos revisados ao regulador.
No entanto, a APA não tem um prazo para decidir sobre o processo de avaliação, que poderá ser interrompido caso solicite mais dados ou esclarecimentos.
O ministério do ambiente, ao qual pertence o departamento de Galamba, disse que a avaliação feita pela agência de energia e geologia analisou oito zonas ricas em lítio no centro e norte de Portugal, concluindo que “existiam condições para avançar em seis delas”.
Portugal é o maior produtor de lítio da Europa, mas as suas mineradoras vendem quase exclusivamente para a indústria cerâmica e só agora se preparam para produzir o lítio de maior qualidade que está em demanda globalmente para uso em carros elétricos e dispositivos eletrônicos.
(Por Sergio Gonçalves; Edição por Andrei Khalip e Lisa Shumaker)