O ministro da Justiça de Portugal vai acelerar o processo de análise de um pedido de cidadania portuguesa feito por um refém israelita do movimento islâmico Hamas, disse esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gómez Gravinho, descrevendo o assunto como de “grande urgência”.
Em declarações aos jornalistas portugueses no final de uma reunião de líderes diplomáticos da UE, no Luxemburgo, o ministro português referiu que se trata de um “assunto muito delicado” que o ministro da Justiça “olha com toda a urgência (…), com toda a consciência de o sabor da questão.”
“Cada pedido de cidadania portuguesa é um caso individual e é tratado individualmente, pelo que não existe uma decisão geral sobre esta matéria, mas dadas as circunstâncias, é evidente que há grande urgência neste caso”, afirmou. Gomes Gravinho.
“Não sei dizer quanto tempo vai demorar, mas em todo o caso há sempre várias etapas na concessão da nacionalidade. Posso dizer que o Ministério da Justiça está a analisar como todo o processo pode ser agilizado sem causar qualquer risco jurídico”, acrescentou.
Na manhã de segunda-feira, a ministra da Justiça, Caterina Sarmento e Castro, prometeu “máxima celeridade” na análise do pedido, sublinhando que “circunstâncias excepcionais merecem decisões excepcionais”.
Questionado pela comunicação social sobre a assinatura de um protocolo com a Cruz Vermelha em Ponta Delgada, Açores, Sarmento e Castro afirmou: “Circunstâncias excepcionais merecem decisões excepcionais. Estamos atualmente avaliando a situação o mais rápido possível para que possamos responder.
Sem entrar em detalhes sobre o caso, afirmou que era “prerrogativa do Ministério da Justiça” “proteger os direitos fundamentais” dos cidadãos.
Há uma declaração sobre o assunto Em geral Em relação à reivindicação nacional de um cidadão israelense mantido como refém pelo Hamas.
Numa resposta escrita LusaO Ministério da Justiça afirmou: “Estamos a analisar este pedido com o necessário sentido de urgência e em estreita coordenação com outros órgãos do governo, nomeadamente assuntos externos, tendo em conta a situação no terreno”.
Na mesma resposta, o ministério lembra que “qualquer pedido de nacionalização implica consulta a diferentes instituições”.
(Editado por Ana Matos Neves, Cristina Cardoso | Lusa.pt)