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LISBOA, 15 Mar (Reuters) – Um inquérito sobre a concessão da cidadania portuguesa ao oligarca russo Roman Abramovich levou à abertura de processos disciplinares contra funcionários envolvidos no processo, informou a agência de notícias Lusa nesta terça-feira.
O bilionário russo recebeu a cidadania portuguesa em abril de 2021 com base em uma lei que oferece naturalização a descendentes de judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica durante a Inquisição medieval. consulte Mais informação
Há pouca história conhecida de judeus sefarditas na Rússia, embora Abramovich seja um sobrenome comum de origem judaica Ashkenazi.
O inquérito do Instituto de Registos e Notariado (IRN), que presta serviços de nacionalidade e passaporte, foi lançado em janeiro em meio a críticas de alguns ativistas, comentaristas e políticos que disseram que a lei deve ser revista por acreditarem que ela está sendo usada por oligarcas russos. para se estabelecer na UE.
O IRN, que não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters, disse à Lusa que, na sequência da investigação inicial, foram abertos processos disciplinares mas disse que os detalhes do mesmo são confidenciais.
Ele não disse quantos funcionários foram visados.
Um segundo inquérito sobre a concessão de cidadania a Abramovich foi aberto em janeiro pelo Ministério Público português e sua cidadania pode ser retirada dependendo do resultado.
Um rabino responsável por emitir um documento necessário para obter a cidadania foi preso na semana passada. consulte Mais informação
Abramovich estava entre vários bilionários russos adicionados na terça-feira a uma lista negra da UE depois de ser alvo de sanções britânicas na semana passada. consulte Mais informação
Abramovich, proprietário do clube de futebol britânico Chelsea, voou para Moscou em seu jato particular na terça-feira. consulte Mais informação
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, disse que Portugal implementaria medidas restritivas contra os oligarcas russos, mesmo a nível da UE, se os sancionados pelo bloco fossem cidadãos portugueses.
“Estas sanções são apoiadas pelas autoridades portuguesas e (serão) escrupulosamente aplicadas”, disse Santos Silva ao parlamento.
Reportagem de Catarina Demony, Reportagem adicional de Sérgio Gonçalves e Patricia Rua; Edição por Edmund Blair e Sandra Maler
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