O novo governo de Portugal está empenhado em promover a energia eólica offshore e vê como prioridade “reenergizar” parques eólicos offshore e promover projetos solares, incluindo projetos de pequena escala, disse o ministro do Ambiente na segunda-feira.
Maria da Graça Carvalho disse que o governo anunciará alguns detalhes de sua política de energia eólica offshore em julho, enquanto os investidores aguardam diretrizes para uma grande mudança de licenciamento planejada anunciada no ano passado sob a administração anterior.
A administração anterior fixou a capacidade em 2 gigawatts (GW) no primeiro leilão eólico offshore do país. O novo governo não disse se está empenhado em fornecer essa capacidade e não está claro quando o leilão ocorrerá.
“Algumas das nossas orientações (sobre políticas) estarão prontas antes das férias de verão (do governo)… por isso anunciaremos as novidades em julho”, disse Graça Carvalho numa cimeira sobre energia em Lisboa.
Portugal já tem um pequeno projecto eólico flutuante de 25 megawatts ao largo da costa atlântica, propriedade da Ocean Winds, uma joint venture entre a maior empresa de serviços públicos de Portugal, a EDP, e a empresa francesa Engie.
Várias outras empresas de serviços públicos manifestaram potencial interesse na oferta, incluindo a alemã BayWa, o consórcio irlandês-espanhol IberBlue Wind, a gestora de fundos Copenhagen Infrastructure Partners e uma joint venture entre a portuguesa Galp e a francesa TotalEnergies.
Prevê-se que os parques eólicos flutuantes sejam instalados em águas profundas, onde o vento é forte e contínuo, permitindo-lhes gerar mais energia do que perto da costa ou estacionários no fundo do mar em terra.
(Reuters – Reportagem de Sergio Gonçalves e Caterina Demoni; edição de Susan Fenton)