O Banco de Portugal está a “avaliar os efeitos” de um possível aumento de comissões na rota MB.

O Banco de Portugal (BdP) está a “acompanhar” a emissão de comissões na via MB e a “avaliar as respetivas implicações”, depois de a Deco ter alertado para o risco de aumento de custos associados ao serviço.

Em causa estão as recentes notícias que permitem à SIBS, gestora da rede Multibanco e gestora do serviço MB Way, associar-se a contas de pagamento conducentes à Deko, além da já existente solução de associação de cartões de pagamento. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor alerta para o risco de aumento de comissões com este novo método de transferência entre contas.

Questionado pela Agência Lusa, o BdP respondeu por escrito dizendo que a empresa está a “acompanhar a questão e a avaliar as respetivas vulnerabilidades”.

Na quinta-feira, em resposta à Lusa, o Ministério da Economia concordou em corrigir a lei existente, afirmando estar a acompanhar a questão “de perto para garantir a proteção dos interesses dos consumidores”.

“Em termos de política de defesa do consumidor, o Ministério da Economia, através da Direcção de Defesa do Consumidor, irá acompanhar de perto a emissão de comissões e cooperar com a agência reguladora, nomeadamente através da participação no fórum de sistemas de pagamentos, com o objectivo de garantir a protecção dos interesses dos consumidores”, afirmou.

Segundo ele, esse acompanhamento inclui “uma avaliação da necessidade de possíveis alterações na legislação existente”.

Na quarta-feira, a Deko manifestou “preocupação” com o “risco de aumento de comissões” no serviço de rotas MB na sequência do novo regime de transferências entre contas de pagamento e anunciou ter “enviado uma carta solicitando uma avaliação urgente” aos ministérios da Economia e financiar. e intervenção para alterar a lei e manter a proporcionalidade nas comissões aplicáveis ​​às transferências da rota MB”.

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“A ligação do MB Way a contas significa que as transferências entre utilizadores serão tratadas como transferências instantâneas”, ou seja, “podem estar sujeitas às taxas aplicáveis ​​a essas transferências e não sujeitas aos limites aplicáveis ​​às transferências entre cartões como actualmente. no caso de excesso de transações gratuitas, 0,2% no cartão de débito e cartão de crédito 0,3% no caso”, explicou a associação em comunicado.

Se for este o valor cobrado nas transferências de rotas MB entre contas, “o valor médio das transferências de rotas MB ronda os 40 euros, um aumento brutal de comissões que vai dos 10 cêntimos aos 80 cêntimos, ou seja, mais de um euro”.

“Este valor seria completamente desproporcional, ilegal e prejudicial aos interesses dos consumidores do modo MB, produto bem aceite e aceite pelos portugueses, devendo evitar-se comissões desproporcionais”, sustenta.

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