Artista dissidente chinês Ai Weiwei abre novo estúdio em Portugal
Um artista chinês exilado, Eu Weiwei, conhecido pelas suas críticas francas a vários governos e às suas políticas, inaugurou um novo estúdio na pacata região do Alentejo, em Portugal. A uma hora de carro a sudeste de Lisboa, o estúdio é um testemunho da afinidade de Ai em misturar a arte tradicional chinesa com sensibilidades modernas. Incapaz de regressar à China sem detenção, encontrou consolo e paz num retiro português, longe da agitação urbana de Pequim e Berlim, onde estavam localizados os seus outros estúdios.
Arquitetura incomum
O estúdio de 30.000 pés quadrados é uma elegante exposição de técnicas tradicionais de carpintaria chinesa, sem pregos ou cola. Um vasto espaço aberto, emoldurado em madeira e resplandecente na paisagem rural portuguesa, o estúdio é uma maravilha artística por si só. É um reflexo nítido da abordagem progressiva de Ai à arte, com sinais mínimos de que é a residência de um artista de renome mundial, exceto por uma versão Lego de seu trabalho 'Dropping a Han Dynasty Urn'.
Vida entre artefatos
Ai divide a propriedade com três ajudantes e alguns animais de estimação que vivem entre os artefatos dos antigos donos da casa. A tranquilidade do retiro rural contrasta fortemente com a controvérsia que muitas vezes obscurece a personalidade pública de Ai. Desde os seus comentários sobre o conflito Israel-Gaza que adiou a sua exposição em Londres até aos seus comentários sobre a sociedade alemã depois de se mudar de Berlim, as palavras de Ai muitas vezes provocam repercussões na paisagem sócio-política global.
Presença digital de Ai
Apesar da sua vida tranquila em Portugal, Ai continua a usar a sua influência através de plataformas de redes sociais, partilhando os seus pensamentos sobre várias questões globais. Com uma presença menos visível em termos de polémica pública, a nova casa portuguesa de Ai oferece-lhe a solidão que procura, permitindo que a sua arte floresça na tranquilidade do campo português.