A ilha portuguesa da Madeira quer ser considerada “a Singapura do Atlântico”. De fato, secretário regional de saúde Pedro Ramos é relatado para ter dito que ele está “cada vez mais convencido” de que já é.
Esta história apareceu no site oficial de notícias do Estado Lusa. Mas tendo em mente a data e a ‘era pós-verdade’ em que o mundo está se debatendo, não podemos ter certeza de que, ao repeti-la, não estamos perpetuando um (outro) Dia da Mentira inteligente.
Segundo a Lusa, Ramos não vê esta ambição de forma alguma como “desarrazoada”.
Falando na “inauguração da sala equipado com sinal 5G no Hospital Dr Nélio Mendonça no Funchal”, Admitiu que a Madeira tem “cerca de 250 mil habitantes enquanto Singapura tem seis milhões, mas sublinhou que a Madeira é maior em termos de área geográfica e referiu que quem conheceu Singapura há 40/50 anos, sabe que Singapura não era o que é agora”, explica Lusa.
“Portanto, há toda uma jornada”, disse Ramos à sua audiência – e a ambição (de chegar lá) “tem de ser realizada por todos nós.
“A Madeira é uma região segura para todo o mundo, saudável, onde também temos a ambição de criar polos científicos, polos económicos, polos financeiros e queremos que aqui venham mais pessoas”.
“Enumerando algumas das fases pelas quais a ilha passou nos seus 600 anos de história*, Ramos salientou que a região está atualmente na fase de transição digital, o que trará benefícios para a área da saúde.
“O governador salientou ainda que o novo Hospital Central e Universitário da Madeira “será uma realidade dentro de cinco a seis anos” e estará equipado com a rede 5G.
No entanto, admitiu, “provavelmente haverá alguns contratempos”, motivados pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
* A história da Madeira é indiscutivelmente muito mais longa do que 600 anos. Pode ter sido nomeado Madeira apenas em 1418, depois de ter sido ‘descoberto’ por dois capitães ao serviço de D. Henrique, o Navegador, mas, segundo Plutarco No dele Vidas paralelas (Sertório75 dC) comandante militar Quinto Sertório (d. 72 aC), descreveu encontros com marinheiros que falavam de ilhas idílicas do Atlântico: “As ilhas são em número de duas separadas por um estreito muito estreito e ficam a 10.000 estádios [2,000 km] da África. Naquela época, as ilhas eram conhecidas como As Ilhas dos Abençoados (Wikipedia).
Fontes: Lusa e JM Madeira