Ricardo Horta é o nome próprio que domina esta sexta-feira todas as capas de Portugal e parte das de Espanha. O português marcou o gol com o qual o time vizinho tirou um ponto de Villamarín contra a equipe de Luis Enrique.
A Espanha assumiu a liderança após um notável remate de Gavi, que gerou uma magnífica jogada. Lançou um passe para o espaço para Sarabia que, num magnífico primeiro toque, permitiu a Morata empurrar o primeiro golo para as redes portuguesas. Quando a Espanha estava a poucos minutos de certificar sua primeira vitória, o ex-jogador do Málaga, Ricardo Horta, certificou o empate. Numa jogada semelhante e no mesmo golo, Horta viu-se pronto para bater Unai Simón e não hesitou nem falhou.
Assim, as manchetes se repetem hoje na imprensa do país vizinho. “Horta, salvadora”, manchete em A Bola, “Horta, grande momento”, manchete no Récord e com “Horta mostra o que vale” abre O Jogo, o terceiro jornal português.
Precisamente, o seu valor é o que marca o seu futuro, que está a ser decidido neste momento entre o Benfica, clube interessado em contratá-lo, o Sporting de Braga, clube onde joga, e o Málaga, seu antigo clube. “Benfica? Estou focado na seleção e no futuro veremos”, assegurou o jogador do Benito Villamarín a uma pergunta da imprensa portuguesa para tentar diminuir a atenção sobre um assunto que ocupa espaço informativo do outro lado da fronteira.
Ricardo Horta acaba de se destacar com o Braga e o Benfica se interessou por ele fazendo uma oferta de 10 milhões de euros. Esta foi rejeitada pelo grupo em que Horta joga e o caso que leva o mesmo nome foi ‘solto’. Qual é o problema? Segundo Málaga, o clube da Costa del Sol ainda detém 67% dos direitos do jogador.
Assim, Horta foi protagonista em Portugal e também em Málaga algumas horas antes de marcar com a Espanha. Manolo Gaspar, diretor esportivo do Málaga, falou sobre a situação do futebolista no Récord apenas um dia antes de ocupar toda a largura de sua cobertura. “O Málaga tem 67% do passe do jogador. Também é verdade que existe um acordo e que Braga, se rejeitar uma oferta superior a cinco milhões, deve ficar com 67 por cento do Málaga”, assegurou o diretor desportivo malaguista, que exige que o contrato seja executado tal como foi assinado.
Neste momento, de Braga, defendem o direito de decidir sobre Ricardo Horta. “Braga é a única entidade que decide sobre os seus bens e tem o direito de não querer negociar por Ricardo Horta e não o vai fazer”, disse.
O jogador, enquanto o caso estiver a ser resolvido, continuará a apostar na seleção portuguesa. A equipa comandada por Cristiano Ronaldo tem ainda jogos pendentes frente à Suíça (5 de junho) e à República Checa em Portugal (9 de junho), bem como um jogo em casa frente à equipa suíça para fechar as quatro primeiras jornadas da Liga das Nações.