O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, pediu desculpas à nação no sábado, expressando constrangimento com as investigações de corrupção lançadas contra ele e vários membros de sua administração.
Costa disse que se sentiu traído quando soube que as autoridades encontraram dezenas de milhares de euros em envelopes no gabinete do seu chefe de gabinete, Vitor Escaria, durante uma operação policial na residência oficial do primeiro-ministro, na terça-feira.
“Isso me envergonha e tenho a obrigação de pedir desculpas”, disse Costa num discurso televisionado.
Costa, que renunciou na terça-feira e permanecerá como primeiro-ministro interino do país até a realização de eleições antecipadas em março de 2024, disse que Portugal continua a ser um lugar seguro para os estrangeiros investirem.
As autoridades estão a investigar possíveis atos de corrupção, tráfico de influência e prevaricação relacionados com a concessão de projetos de mineração de lítio no norte do país, o megaprojeto de hidrogénio verde e o data center de Sains.
Ao expressar respeito pela investigação de corrupção em curso, Costa defendeu o direito do seu governo de fazer investimentos estratégicos em projectos indutores de crescimento e disse que a sua administração sempre agiu no “estrito cumprimento da lei” e “promoveu o crescimento regional, eliminando a burocracia”. Transparência.”
“Os futuros governos portugueses devem ter garantida a liberdade de ação política para prosseguirem estratégias legítimas”, afirmou.