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LISBOA, 7 Jun (Reuters) – A reestruturação da companhia aérea portuguesa TAP, projetada para trazê-la de volta ao lucro nos próximos anos, está no caminho certo, apesar do aumento dos custos de combustível e da valorização do dólar em relação ao euro, disse seu presidente-executivo nesta terça-feira.
“Estamos implementando o plano (de reestruturação), que criará uma TAP nova e rejuvenescida”, disse Christine Ourmieres-Widener a uma comissão parlamentar.
A companhia aérea, controlada em 72,5% pelo Estado português, foi salva por um plano de resgate de 3,2 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões) aprovado por Bruxelas. Reduziu sua frota, cortou mais de 2.900 empregos e baixou salários.
Depois de registar um prejuízo recorde de 1,6 mil milhões de euros em 2021 devido, em parte, ao encerramento do seu negócio de manutenção de aeronaves no Brasil e a um euro mais fraco, a TAP pretende alcançar resultados operacionais positivos em 2023 e um lucro líquido em 2025.
Um dos principais desafios é que os custos estimados de combustível para este ano estão agora 300 milhões de euros acima do previsto anteriormente e seu impacto ainda não foi sentido no que resta do ano, disse o CEO.
Ourmieres-Widener disse que a TAP está operando em 90% de seus níveis pré-pandemia, mas alertou que as perspectivas econômicas estão ficando mais fracas e há o risco de que a forte demanda atual possa desacelerar novamente.
Após dois anos de viagens reduzidas pela pandemia, as companhias aéreas de todo o mundo voltaram nos últimos meses, aproveitando uma onda de demanda reprimida que as encorajou a aumentar a capacidade. Mas a recuperação do setor enfrenta riscos de um aumento nos preços globais do combustível de aviação, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Não é porque estamos voando a 90% da capacidade de 2019 que estamos em uma boa posição financeira, ainda não nos recuperamos. Temos um plano de recuperação. Recuperação significa gerar lucro líquido positivo”, disse Ourmieres-Widener aos parlamentares.
(US$ 1 = 0,9349 euros)
Reportagem de Patrícia Vicente Rua Edição de Andrei Khalip e Mark Potter
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