(ANSAmed) – LISBOA, 04 LUG – A 39ª edição do Festival de Almada, em Portugal, começou segunda-feira.
O festival é o maior festival de teatro em Portugal. A abertura será à noite com um concerto de jovens alunos do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, fundado em 2010 por Ahmad Sarmast para permitir que meninos e meninas estudem música.
Depois de fugirem do Afeganistão na sequência da tomada do país pelos talibãs em agosto de 2021, cerca de uma centena de estudantes foram acolhidos em Portugal em dezembro e integrados nos cursos do Conservatório de Lisboa.
Nos últimos dias, um plano do governo para redistribuir os estudantes para outras regiões do país os levou a protestar.
As atuações de Almada prolongam-se até 18 de julho e contarão com a participação de muitos intérpretes portugueses e internacionais – sobretudo da Europa mas também de África e América.
A Itália – em parte graças ao apoio oficial do Instituto Italiano de Cultura em Lisboa – será representada por Ascanio Celestini com o seu monólogo ‘Museo Pasolini’ em homenagem ao nascimento do poeta e cineasta, que será encenado nos dias 7, 8 e 9.
No entanto, haverá também outras contribuições italianas para o festival, de Selvagem (‘selvagem’) – uma peça dos portugueses Marco Martins e Patrícia Portela sobre o uso ritual de máscaras inspirada numa ideia do italiano Renzo Barsotti, que a co-produz com o Teatro di Sardegna.
Haverá também outras formas de participação em eventos realizados em paralelo, como o músico Donatello Brida e o encenador Giacomo Scalisi, que encenará uma fábula musical de inspiração africana, Milho por Peixe.
O evento de encerramento do festival será Hokuspocus, um espetáculo da companhia de teatro berlinense Familie Flöz. (ANSAmed).