Apoio emergencial para Empresas portuguesas lutam com os efeitos da crise dos combustíveis está ‘pronto para ir’.
A manchete do Expresso na verdade diz que está “a avançar agora” – mas o ‘off’ terá que esperar até que o novo governo seja empossado na tarde de quarta-feira.
As porcas e parafusos do plano são créditos fiscais para levar negócios até o final do ano, além de apoio direto aos setores mais afetados pelo aumento do custo dos combustíveis (cerâmica, metalúrgica e vidro, principalmente).
O PM diz-se que “recusou-se a regressar ao regime de lay-off simplificado” – introduzido durante o primeiro ‘lockdown Covid’ – embora este tenha sido o pedido de federações empresariais.
A notícia surge num ‘cenário complicado’, em que O ministro cessante do ambiente e transição energética, João Pedro Matros Fernandes, prometeu recentemente 380 milhões de euros às empresas mais afetadase “quase ao mesmo tempo” o ministro da Economia cessante, Pedro Siza Vieira, descreveu uma linha de crédito de € 400 milhões.
Exatamente quanto e quando as empresas devem receber a ajuda do governo ficará claro ao longo da próxima semana.
De muitas maneiras, as manchetes estão ‘fugindo de si mesmas’: por exemplo, ‘as grandes notícias’ de Portugal e Espanha sendo reconhecidos como uma ‘ilha energética’, com vantagens específicas, viu a Espanha admitir que sem resultados deste “golpe político” será sentida por semanas (três a quatro, pelo menos). Idem para o plano para ver o IVA reduzido no combustível de 23% para 13%. Tudo está se movendo a ‘ritmo de caracol’ para aqueles que mais precisam de alívio.
Segundo o Expresso, embora o governo pretenda aumentar a ajuda às empresas, certamente não é o caso das famílias portuguesas.
Além do “Novo apoio social para quem tem mais fragilidades – já aprovado mas sem pormenores” – o primeiro-ministro diz querer “esperar para ver como a inflação evolui (atualmente está em 4,2%). Por exemplo, “ele não pretende aumentar os salários dos servidores públicos mais do que os 0,9% já orçados”.
A ideia do governo, diz o Expresso, é “Restabelecer o poder de compra perdido (das pessoas) somente no ano que vem. O primeiro-ministro deixou esta decisão para o próximo Orçamento do Estado, que terá de apresentar em outubro”.
Isso pode parecer ‘razoável’, mas é claro que não é. Perder poder de compra e ser informado de que será devolvido no próximo ano, em outro orçamento, é um conforto frio para quem não consegue sobreviver em março. custo de vida com baixos salários estão muito bem conscientes.
Outro ponto muito discutível sobre a estratégia do governo é que ainda não conseguiu aprovar um Orçamento de Estado para este ano – e não o fará até pelo menos abril, possivelmente maio.
A realidade é que mesmo com maioria absoluta ninguém pode pôr a mão no fogo e dizer com alguma certeza que um Orçamento de Estado para 2023 ‘apresentado em outubro’ será aceite.
O presidente Marcelo já se pronunciou sobre a composição do novo executivo, dizendo que teria feito “escolhas diferentes” – e várias reportagens na comunicação social apontaram para a absoluta surpresa do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, ao ser ‘abandonado’ por António Costa aparentemente sem aviso prévio.
Siza Vieira acreditou quase até o momento em que a lista de novos ministros vazou para a imprensa, que ele continuaria em seu cargo – daí sua agenda ocupada preparando mais apoio a empresas com pouco dinheiro, dizem relatórios.