Portugal é o primeiro país do mundo onde a popular plataforma de entrega de comida Uber Eats permitiu à sua aplicação receber pedidos de cuidados médicos ao domicílio.
O serviço Médico em Casa oferece aos utilizadores três opções: chamada ao domicílio (€ 80; $ 91), videoconsulta (€ 20; $ 23), ou consulta por telefone (€ 20; $ 23).
Embora os pedidos sejam feitos através da app Uber Eats, a assistência médica é prestada pela Ecco-Salva Medical Services, empresa especializada em serviços de saúde ao domicílio.
Antes de efetuar o pedido de consulta médica, a app alerta o utilizador que o serviço é prestado por outra empresa. Para concluir a compra, o usuário deve confirmar que está ciente de que “Uber atua apenas como intermediário”.
De momento, o serviço está disponível apenas na Área Metropolitana de Lisboa. A solicitação pode ser feita a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana.
Por enquanto, apenas clínicos gerais estão disponíveis para consultas.
De acordo com o Uber Eats, a empresa pretende expandir rapidamente o serviço para outras zonas de Portugal. A empresa diz que em breve os usuários também poderão solicitar serviços de enfermagem e fisioterapia.
Neste momento de “enormes desafios de saúde pública”, é um passo importante para a plataforma ir além de um serviço de entrega de refeições, disse Diogo Aires Conceição, gerente geral do Uber Eats em Portugal, em comunicado de imprensa.
Ainda não é possível utilizar o seguro médico para consultas solicitadas pelo aplicativo.
Embora este serviço possa ser novo na plataforma Uber Eats de Portugal, o país já possui um sistema de saúde e telemedicina em casa bem estabelecido. Nos últimos 2 anos, a pandemia do COVID-19 estimulou a implementação da telemedicina, que se tornou popular nos setores público e privado.
O facto de Portugal ter um sistema amplamente utilizado de emissão de receitas eletrónicas, enviadas por SMS, também garante que os doentes tenham fácil acesso à sua medicação.
Este artigo inicialmente apareceu na edição portuguesa da Medsape.
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